segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Histórico da função Manutenção


Segue abaixo mais uma parte do meu trabalho, deixem seus comentários.
Segundo Viana (2002) a história da manutenção pode ser dividida como se segue:
Até 1914, inexistência de manutenção, as empresas reparavam seus equipamentos com o efetivo disponível.
De 1914 a 1930, surge a manutenção corretiva como parte integrante do organograma das empresas.
De 1930 a 1940, surge a manutenção preventiva atuando junto à corretiva. Os organogramas das empresas apresentam um órgão de supervisão de manutenção do mesmo nível do de produção.
De 1940 a 1950, surge a Engenharia de Manutenção em nível departamental, subordinada a uma gerência de manutenção e em mesmo nível do órgão de execução de manutenção.
De 1950 a 1966, o órgão de Engenharia de manutenção assume posição mais destacada, passando a desenvolver controle de manutenção a processo de análise, visando a redução de custos de manutenção.
De 1966 à época atual, o órgão de Engenharia de Manutenção se vale de processos sofisticados de controle, usando o computador e programas para análise de resultados, passando a aplicar fórmulas mais complexas para o cálculo dos mesmos. Podemos dizer que com o passar dos anos houve um aumento das expectativas em relação aos resultados da manutenção, pois com a utilização cada vez mais de tecnologia nos serviços, a manutenção vira um ponto de referência, suas decisões não ficam apenas fundamentadas no conhecimento empírico, pois há um estudo que é realizado para se chegar em determinadas respostas.
A seguir veremos a divisão da evolução da manutenção por gerações destacando as principais características da manutenção em cada geração.
Primeira geração
Conserto após a falha;Todos os equipamentos se desgastam com a idade e, por isso, falham;Habilidades voltadas para o reparo.
Segunda geração
Manutenção preventiva (por tempo).Disponibilidade crescente;Maior vida útil do equipamento;
Terceira geração
Monitoramento da condição;Maior confiabilidade;Maior disponibilidade;
Melhor relação custo-benefício;
Preservação do Meio ambiente;
Análise de risco;
Projetos voltados para a confiabilidade;
Quarta geração
Gerenciar os ativos;Maior confiabilidade;Maior disponibilidade;
Manutenibilidade;
Preservação do Meio ambiente e maior segurança;
Aumento da manutenção preditiva e monitoramento da condição;
Minimização nas manutenções preventiva e corretiva não planejada;
Análise de falhas;
Técnicas de confiabilidade;
Engenharia de manutenção;
Projetos voltados para confiabilidade, manutenibilidade e custo do ciclo de vida;
Quadro 4 – A evolução da manutenção Fonte: Kardec e Nascif, 2009, p. 5

Planejador: O coração do processo de manutenção

Imagine o seu corpo sem um coração
Muitas equipes de manutenção usam o papel do planejador como parte da configuração para planejamento e o processo de programação. O envolvimento do planejador no processo é uma demonstração de valor agregado. O impacto de ter um planejador dentro do grupo não é limitado por melhorias de eficiência e otimização dos custos e utilização dos recursos, mas se estende também a todo o processo de manutenção e trabalho de resolver falhas crônicas dos processos de manutenção.
 
O planejador é comprovadamente o coração do planejamento, programação e um dos braços que suporta todo o processo de manutenção. Como em um ser humano, um forte coração é uma indicação de uma boa saúde geral; um bom planejador é uma indicação de uma racionalização do processo de planejamento. O coração e responsável pela circulação do sangue dentro do corpo, enquanto um planejador é responsável por facilitar o fluxo de trabalho dentro do corpo da manutenção. Você já imaginou o seu corpo sem um coração?
Como você consegue estes benefícios esperados de um planejador? Como ocorre a seleção, desenvolvimento e o uso do planejador em sua organização. O planejador neste artigo significa a pessoa que executa o planejamento e as funções de programação. (Planejador / Programador). Nos parágrafos seguintes, tentarei explorar fielmente o perfil do planejador em simples e práticos trabalhos.
Seleção do planejador
A pessoa certa no lugar certo
Planejador não é o trabalho atribuído a qualquer um da equipe. É necessário desenvolver critérios de seleção que assegurem que a pessoa certa será escolhida. Os critérios devem ser tanto técnicos quanto pessoais e podem incluir:
Uma boa base de manutenção, como um dos profissionais da equipe de manutenção teria, sobre trabalhos específicos, principalmente, mecânicos, instrumentação e elétricos. A vantagem disso é que o planejador esteja familiarizado com a estrutura hierárquica da planta, histórico de equipamentos,  restrições de execução e necessidades especiais. Deve ser uma pessoa que conheça as políticas e procedimentos que são implementados pela empresa. Especialização em trabalhos específicos é uma habilidade fundamental, mas  como uma habilidade suporte, pois o planejador precisará ter conhecimento de múltiplos trabalhos.
Boa comunicação e habilidade de trabalho em equipe. Como parte integrante da equipe de manutenção, o planejador deve abrir os canais de comunicação com outras partes do processo (operação e times de manutenção). Isto facilitará a construção de parcerias com outros grupos interessados.
Conhecimento de informática. Serve como habilidade suporte e trará mais qualidade aos trabalhos do planejador.
Apresentação de conceitos de planejamento e filosofia para uma pessoa será muito fácil e ficando imerso nos processos de planejamento e programação será mais fácil e acessível.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Gestão eficaz Gestão de manutenção

http://youtu.be/67Gw8Ju9Ddc

Controlando e Avaliando a Gestão da Manutenção


A manutenção é uma disciplina integradora que garante a disponibilidade, funcionalidade e conservação dos equipamentos, sempre que aplicada corretamente e com um custo competitivo. Isto significa um incremento importante da vida útil dos equipamentos e suas execuções.
Por que controlar e avaliar a gestão de manutenção nas empresas? Simplesmente porque necessitamos saber quão eficiente é a aplicação da política de manutenção que planejamos para nosso ambiente produtivo. Esta informação nos permite atuar de forma rápida e precisa sobre os fatores fracos em nossa manutenção.
Recordemos que:
Indicador ou Índice: É um parâmetro numérico que facilita a informação sobre um fator crítico identificado na organização, nos processos ou nas pessoas em relação as expectativas ou percepção dos clientes quanto ao custo, qualidade e prazos.
Controlar: Significa guiar as ações de um conetivo, entidade ou departamento, para que seus resultados coincidam ou superem os objetivos estabelecidos.
Avaliar: É a ação que permite comprovar a eficácia e resultados do controle.
Nos sistemas tradicionais de manutenção, sempre existiu o controle e avaliação, porém estavam limitados pela possibilidade de processamento. No foco da manutenção auxiliada pelo computador, estes dois conceitos estão unidos funcional e estruturalmente.
Funcional: Porque rompe com o esquema de que controle é verificação, inspeção, crítica ou comprovação, no qual implica certa rejeição como degradante a pessoa, para aparecer como um processo construtivo, com um enfoque prático caracterizado pelo sentido orientador e integrador de toda a organização.
Estrutural: Porque se estende ao trabalho em todos os níveis da pirâmide de Gestão; garantindo o controle estratégico, tático e operacional dos quatro elementos básicos (planejamento, organização, informação e controle).
Uma boa política para controlar e avaliar a gestão da manutenção em nossa empresa resulta da implantação, estudo e analise de um pacote de indicadores. Ao selecionar a coleção devemos levar em conta que eles devem ser:
  • Poucos.
  • Claros de entender e calculáveis.
  • Úteis para conhecer rapidamente como vão as coisas e por que.
Devem:
  • Identificar os fatores chaves da produção
  • Estabelecer registros de dados que permitam seu cálculo periódico
  • Estabelecer valores padrão para tais índices
  • Permitir tomar as oportunas ações e decisões ante os desvios que forem detectados.

A manutenção e os hábitos das pessoas eficazes


Atualmente estou lendo o livro: Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes – Lições Poderosas para a Transformação Pessoal de Stephen R. Covey e para minha surpresa encontrei um trecho do livro que tem tudo a ver com a área de manutenção e que gostaria de compartilhar com todos, segue o trecho:
Quando as pessoas deixam de respeitar o equilíbrio Produção / Capacidade de Produção, ao usarem os bens físicos nas organizações, elas provocam a queda da eficácia organizacional deixando freqüentemente uma galinha morta para os outros.
Por exemplo, um indivíduo encarregado de um bem físico, como uma máquina, pode estar ansioso para causar uma boa impressão em seus superiores.
Talvez a empresa esteja crescendo rapidamente, e as promoções aconteçam com freqüência. Sendo assim, ele produz em ritmo acelerado -, nada de pausas ou manutenção. A máquina trabalha dia e noite. A produção é fenomenal, os custos baixos, e os lucros disparam. Em pouco tempo, o sujeito ganha a promoção esperada. Os ovos de ouro!
Suponha, contudo, que você seja seu sucessor no trabalho. Vai herdar uma galinha muito doente, uma máquina que, a esta altura, está desgastada, e começa a dar problemas. Exige investimentos altos em manutenção, e passa muito tempo parada. Os custos sobem barbaramente, os lucros desaparecem. E quem leva a culpa pela perda dos ovos de ouro? Você. A culpa é sua. Seu antecessor arruinou o bem, mas a contabilidade só registra o número de peças produzidas, os custos e os lucros.
O equilíbrio Produção / Capacidade de Produção torna-se particularmente importante quando aplicado aos seres humanos envolvidos com uma organização – clientes e funcionários.
Será que este trecho do livro mostra a realidade praticada em nossas empresas? Será que existem casos verídicos desta história?
Se for começar a enumerar os casos podemos não parar tão cedo, acredito que infelizmente ainda existem muitos casos onde as pessoas desejam se beneficiar da forma como foi apresentada no texto, porém acredito que é exatamente quando percebemos estas atitudes displicentes dos responsáveis pela operação / produção que os profissionais de manutenção devem mostrar sua importância, não se baseando no “achismo” e sim com fatos e dados, para que não fique sujeito aos infortúnios futuros devidos uma má gestão dos ativos.
O profissional de manutenção deve ter a humildade suficiente para apresentar suas idéias e conseguir o interesse dos profissionais de outros processos em ouvi-lo e poderem concordar com a sua opinião, deixando de lado a postura de combate que normalmente existe dentro das empresas onde a manutenção é inimiga da produção e vice versa. Em resumo, creio que é preciso mudar os paradigmas, para que novos resultados sejam alcançados.
 Posteriormente apresentarei mais um texto fazendo uma relação do conteúdo do livro e a manutenção. Aguardem!!
Fonte:
Livro: Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes – Stephen R. Covey